sexta-feira, 7 de maio de 2010

Como o rouxinol abracei em meu peito o espinho de uma rosa.
E pedi ao coração que largasse o que há em vão.

Como o rouxinol cantei noite inteira, até perder a voz.
E pedi ao coração que deixasse o espinho entrar mais fundo.

Mas do coração não fluiu sangue, nem água, nem lágrimas, nem nada.

E, quando o horizonte se fez manhã, a rosa floresceu murcha, fez-se pó e fez-se vento.
(Só no coração ficou o espinho, junto aos outros que por lá habitam.)
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