terça-feira, 7 de setembro de 2010

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E sempre para ser feliz viveu, numa terra onde as casas são livros de histórias, escritos de pernas para o ar.
A menina andava sempre descalça, tinha um vestido tecido com cordões de sapatos e desenhava a cada passo caminhos de Luz no Abismo.
Ouvia o eco do seu silêncio rebentar em rosas, semeadas ao vento com restos do que fora tristeza.
A cada segundo precipitava o seu corpo, ora para um lado, ora para o outro e, nesses voos vertiginosos, percorria a tela das profundezas do seu ser e ia retocando a pintura da essência aguçada das suas coisas, dos seus sentidos, do seu eu.
Do lado de dentro via a noite habitada por oceanos e do lado de fora via dias habitados por desertos.
E o fora e o dentro espelhavam-na numa linha de horizonte que era uma janela e que era a menina.
Era uma vez...
Uma menina que fez da solidão abraço, habitando o parapeito de uma janela onde o fora e o dentro se confundem, fundem e são o mesmo lado
...
E o fora e o dentro espelhavam-na numa linha de horizonte que era uma janela e que era a menina.
Do lado de dentro via a noite habitada por oceanos e do lado de fora via dias habitados por desertos.
A cada segundo precipitava o seu corpo, ora para um lado, ora para o outro e, nesses voos vertiginosos, percorria a tela das profundezas do seu ser e ia retocando a pintura da essência aguçada das suas coisas, dos seus sentidos, do seu eu.
Ouvia o eco do seu silêncio rebentar em rosas, semeadas ao vento com restos do que fora tristeza.
A menina andava sempre descalça, tinha um vestido tecido com cordões de sapatos e desenhava a cada passo caminhos de Luz no Abismo.
E sempre para ser feliz viveu, numa terra onde as casas são livros de histórias, escritos de pernas para o ar.

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