segunda-feira, 3 de novembro de 2008



"De olhos na falésia, espera pelo vento,
ele dá-te a direcção."

Vou. Parto sem mapas, sigo o vento. Perco a conta às viagens e são sempre de menos. Perco-me nas idas e nos regresos e já não sei qual é a partida e qual é a chegada, fundem-se e confundem-se os pontos, as linhas, os caminhos e os horizontes. Não sei onde principio e onde me torno finita. Que importam as definições? Quero ser sem definição. Às vezes quero até nem existir, porque o que não existe não tem fim. As partidas são regressos e os regressos são ponte para nova estrada. Que pena não ter perdido este autocarro... Muitos outros tenho à espera para perder, só para meu prazer.
Quando volto? Volto hoje, sempre hoje.

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