- "When my arms wrap you round I press
- My heart upon the loveliness
- That has long faded from the world;
- The jewelled crowns that kings have hurled
- In shadowy pools, when armies fled;
- The love-tales wrought with silken thread
- By dreaming ladies upon cloth
- That has made fat the murderous moth;
- The roses that of old time were
- Woven by ladies in their hair,
- The dew-cold lilies ladies bore
- Through many a sacred corridor
- Where such grey clouds of incense rose
- That only God's eyes did not close:
- For that pale breast and lingering hand
- Come from a more dream-heavy land,
- A more dream-heavy hour than this;
- And when you sigh from kiss to kiss
- I hear white Beauty sighing, too,
- For hours when all must fade like dew,
- But flame on flame, and deep on deep,
- Throne over throne where in half sleep,
- Their swords upon their iron knees,
- Brood her high lonely mysteries."
domingo, 20 de janeiro de 2008
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Nao interessava se era noite ou dia, era a vertigem que o alimentava...
Percorria as profundezas ao infimo pormenor para depois incorporar uma leveza tal que lhe possibilitasse o deslize, a uma velocidade estonteante, pela superficie aguçada das coisas e das palavras, dos sons. Depois ouviram no contar histórias, curiosamente começava sempre pelo fim, os ultimos boatos dizem no louco, parece que se encantou pela beleza de um cordão de sapatos e pela espantosa clareza do abismo. foi visto pela ultima vez nos confins da América do sul. "
Bruno F
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Algures nos confins da América do sul viveu feliz para sempre.
A menina andava sempre descalça, tinha um vestido tecido com cordões de sapatos e era luz no Abismo.Ouvia o eco dizer-lhe que ela vivia no fim das histórias contadas por um menino que as pessoas que se esqueceram dos sonhos diziam louco. A cada segundo precipitava o seu corpo, ora para um lado, ora para o outro, e nesses voos vertiginosos percorria a tela das profundezas do seu ser e ia retocando a pintura da essência aguçada das suas coisas, palavras, sons.E o fora e o dentro misturavam-se, confundiam-se, espelhavam-se numa linha de horizonte que era uma janela, que era a menina. Do lado de dentro via a noite habitada por oceanos e do lado de fora via dias habitados por desertos.
Era uma vez... uma menina solitária que habitava um parapeito de uma janela.
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Era uma vez...muitas vezes,uma menina solitária que habitava um parapeito de uma janela horas a fio balouçando trémula sobre a fragilidade de um murmúrio trazido pelo vento.Olha a menina a dançar, olha a roleta a rolar-mistérios da sorte e do azar...Um ruido que se alastra, um silêncio...um grito;tudo se acelera a uma velocidade avassaladora,desprende se o corpo num movimento sem fim sobre o frémito escaldante do desejo.Vozes cintilantes percorrem furiosas o asfalto traçando mapas que um dia uma menina perdida no estranho labirinto das maravilhas...ousou criar..